terça-feira, 21 de abril de 2009

PGA Portugal não acompanha o ritmo da FPF

Realiza-se esta semana o Campeonato Nacional Absoluto Individual, a principal prova pontuável para o circuito amador português. Será uma boa altura para alguns jovens jogadores se mostrarem e outros confirmarem o talento que vêm demonstrando nos últimos tempos. Mas numa visão mais futurista, quais as perspectivas destes, se alguma vez pretenderem passar a profissionais? Para quem tiver sonhos ilimitados, será possível fazer uma carreira em Portugal ou a emigração é um “mal necessário” como vai acontecer com o prodígio Pedro Figueiredo (na foto). O jogador da Quinta do Peru conseguiu uma bolsa de estudos da UCLA, a famosa universidade de Los Angeles, onde deverá ingressar no final do Verão, e terá a possibilidade de conciliar os estudos com a prática do golfe, podendo aí sim alimentar com certezas a possibilidade de fazer carreira como profissional.
Apesar das dificuldades inerentes à transição para o profissionalismo, Tiago Cruz e Ricardo Santos são dois excelentes exemplos do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Federação Portuguesa de Golfe (FPG). O apoio a estes dois golfistas, tal como sucede agora com os melhores jogadores nacionais, vem de longe e em muito contribuiu para a hegemonia de ambos no panorama do golfe amador em Portugal. Tiago Cruz venceu quase tudo internamente, ao mesmo tempo que Ricardo Santos sobressaía mais no estrangeiro em provas da EGA. No momento em que ambos optaram pelo profissionalismo, a FPG quis dar continuidade ao seu projecto e criou o Oceânico Golf Team Portugal, a sua própria equipa de profissionais. Contudo, neste momento, o circuito português parece “adormecido” e a única maneira dos profissionais de golfe portugueses sobreviverem é a aposta no ensino. Sem possibilidades de competir em Portugal, Tiago Cruz e Ricardo Santos tem a sorte de contar com o apoio da FPG para fazer aquilo que mais gostam em provas do Challange Tour, mas isso não acontece com a maioria dos profissionais.
Por isso, neste momento a pergunta que se coloca não é saber como superar as dificuldades de uma passagem a profissional, mas se há perspectivas de futuro para a profissionalização. Que futuro vislumbram os novos jovens jogadores em Portugal? Se os nossos jovens conseguem ombrear com os melhores amadores mundiais porque será que têm dificuldades em conseguirem-no fazer a nível profissional? Será que o trabalho que tem vindo a ser feito pela FPG está a ser devidamente acompanhado pela PGA Portugal (Associação Portuguesa de Golfe Profissional)? Haverá comunicação entre a FPG e a PGA Portugal? Será que vale a pena investir dinheiros públicos para formar bons jogadores e depois a PGA Portugal abandoná-los? O que têm feito as entidades responsáveis pelo golfe profissional para aproveitar os bons valores que saem da formação? Há competência na PGA Portugal? Porquê que este ano o circuito português só terá uma prova oficial? A PGA Portugal ainda existe? Estas são algumas perguntas que gostaria de ver respondidas.

1 comentário:

zE mANEL disse...

Infelizmente niguém te deve dar respostas a estas pertinentes e bem colocadas questões, no entanto, acho que não deves desistir de as procurar!!!

In the path of being OUTSTANDING!!!!

;-)