sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Filipe Lima avista o top-10

Arrancou ontem no Oceânico Victoria Golf Course (PAR 72), em Vilamoura, a terceira edição do Portugal Masters, o mais importante torneio português e um dos mais relevantes do European Tour, que distribui três milhões de euros em prémios monetários.
Tal como se previa pelos resultados positivos dos últimos tempos, José-Filipe Lima (na foto) foi o melhor representante luso da jornada ao entregar um cartão de 67 pancadas (-5), resultado que o deixou no 11º lugar.
“Não estou nada eufórico, nem muito contente, porque não joguei muito bem. Estou cansado por jogar há sete semanas seguidas e pela viagem do Cazaquistão, e falhei alguns ‘shots’ e ‘putts’, mas é só descansar um pouco e ficarei melhor”, garantiu Lima, admitindo ter beneficiado por jogar ao lado de dois grandes “craques” da Ryder Cup, o dinamarquês Thomas Bjorn e o irlandês Darren Clarke.
Destaque também para a prestação de Tiago Cruz, que, com uma volta em 68 pancadas (-4), também se colocou em boa posição para atacar os lugares cimeiros, ocupando a 17ª posição, empatado com mais 14 jogadores, entre os quais os vencedores de torneios do ‘Grand Slam’ Retief Goosen e Bem Curtis e o actual seleccionador europeu da Ryder Cup, Colin Motgomerie.
“Foi uma volta com zero erros. Passar o ‘cut’ é o objectivo, mas tem de haver mais motivação para além disso e penso no ‘top-30’”, comentou o jogador do Oceânico Team Portugal, que em 2007 terminou o Portugal Masters no 69º lugar.
Mas Filipe Lima e Tiago Cruz não são os únicos portugueses dentro do ‘cut’ provisório. Ricardo Santos, António Rosado e José Maria Jóia, todos com 70 pancadas (-2), integram o grupo dos 51º classificados, onde encontramos igualmente jogadores da Ryder Cup como Miguel Angel Jiménez, Paul Broadhurst e Paul McGinley.
Destaque para José Maria Jóia que, com apenas 18 anos, pode tornar-se no primeiro amador a passar o ‘cut’ no Portugal Masters, ele que tem como ponto mais alto da sua carreira a conquista do Campeonato Internacional Amador da Turquia no ano passado.
“Foi uma experiência óptima. É sempre bom competir com estas estrelas do European Tour. Este ano já tinha jogado no Estoril Open de Portugal mas a lista de inscritos do Portugal Masters é muito melhor”, declarou o campeão nacional de sub-18 de 2008.
Fora do ‘cut’ provisório estão António Sobrinho (PAR), Nuno Campino (+2) e o amador Tiago Rodrigues (+8). Os dois profissionais ainda têm boas hipóteses de qualificar-se para os dois últimos dias de prova, caso consigam hoje um bom resultado, mas Tiago Rodrigues perdeu praticamente todas as hipóteses de seguir em frente, devendo usar o dia para ganhar mais experiência competitiva ao mais alto nível do golfe mundial.

Molinari lidera

No Challenge Tour, a II Divisão do golfe profissional europeu, Filipe Lima é o nº2 do ‘ranking’ e tem como grande rival o nº1 Edoardo Molinari. Por isso, não deixa de ser curioso que neste regresso de Lima ao European Tour (I Divisão) a luta pelo título esteja a passar pelo irmão mais novo, Francesco Molinari, o primeiro líder deste III Portugal Masters.
O adepto do Inter de Milão, treinado por José Mourinho, concluiu a primeira volta em 63 pancadas (-9), um resultado que fica a apenas 2 pancadas do recorde do Oceânico Victoria e que iguala o melhor ‘score’ de sempre deste italiano.
Entre as grandes “estrelas” do torneio patrocinado pelo Turismo de Portugal, o que está melhor posicionado é Lee Westwood. O inglês está no grupo dos 5º classificados, com 66 pancadas (-6), empatado, entre outros, com Bradley Dredge, um dos jogadores que ganhou para o País de Gales a Taça do Mundo disputada neste mesmo Oceânico Victoria em 2005.
O irlandês Padraig Harrington, nº7 mundial, surge no grupo dos 32º classificados, com 69 pancadas (-3), as mesmas do seu compatriota e actual nº1 europeu, Rory McIlroy.
Veja aqui o resumo do primeiro dia de prova.

Foto: cortesia João Lobato


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